Nas escolas públicas, os professores não conseguem instruir os alunos, sem a comparência efectiva dos(as) ‘operários(as) escolares’ – os(as) assistentes operacionais. Estes(as) dão apoio aos docentes em múltiplos afazeres. Nos pátios, nos recreios, vigiam, sendo bastas vezes os ‘confidentes’ e o ombro amigo dos estudantes. Desempenhando, até, o papel de auxiliares de educação e de instrução… As políticas medíocres do ministério da Educação também os têm desvalorizado. Esquecido!
Curioso, hoje, uma assistente operacional saía da escola, na Terrugem, Sintra, acompanhada com um aluno cabisbaixo e triste, dirigindo-se para o autocarro e – este já com a porta aberta – rogou ao motorista que deixasse entrar o jovem sem título de transporte, porque tinha perdido a carteira com o passe incluso. A sua consistência, objectividade e educação fez com que o rapaz pudesse viajar. sem título.
Salientam-se pouco os assistentes operacionais, mas são uma classe com vários déficits. Desde as condições de trabalho, passando pela pouca valorização profissional até ao vital aspecto remuneratório, que deixa a desejar…
Assistentes operacionais e professores, a ‘mesma’ justa luta no mesmo barco para chegarem a bom porto… Quem não luta perde sempre!