DIRECTOR: MANUEL CATARINO  |  FUNDADOR: JOAQUIM LETRIA

Todos procuramos a perfeição, a falta de erro, a utopia. O preço a pagar para tirarmos tudo o que errámos até agora, mudar o pensamento e a estrutura humana, não compensa o sofrimento que teremos de passar. E se aproveitarmos o que temos?

As pessoas olham para a sociedade como algo que tem de mudar, que nunca está bem, ou que antes é que estava. Nunca estamos satisfeitos.

Já fui de tentar arranjar uma solução para tudo, mas porque não ser feliz com o que tenho? Para quê estar a pensar em querer mudar o mundo, em vez de pensar em não pensar e rir-me com os amigos?

Por um lado, é um pensamento completamente redutor: “para quê querermos mais?”, parece algo tão fraco, de alguém que simplesmente não quer fazer nada. O problema da vida é mesmo esse. Sim, vai saber tão bem quando conseguirmos aquilo porque tanto lutámos. Mas tudo o que tivemos de passar e de sofrer valeu mesmo a pena?

A verdadeira situação é esta, porque é que o que fazemos para chegarmos a um objetivo é ‘trabalho’? Já não vemos ninguém a assobiar enquanto trabalha, a cantar, ou simplesmente a sorrir. Onde eu quero chegar é que se calhar não temos de querer objetivos enormes, mas simplesmente querermos fazer algo que nos mantenha felizes todos os dias.

Quando vamos ter uma boa refeição procuramos ficar cheios ou queremos ter um bom convívio com quem nos rodeia e sentir sensações gustativas fabulosas?