Em Portugal a laicidade é um embuste! Realizar-se-á uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa. É um evento católico, sendo em grande parte suportado nas despesas pelos contribuintes. A governança e os municípios são grandes financiadores daquela jornada, cujo evento só ao catolicismo diz respeito… As verbas despendidas, na ordem de muitos, muitos milhões de euros da parte governamental, constituem uma clara contradição, já que nos dizem que não há dinheiro para segmentos importantes da nossa sociedade, como professores, SNS, funcionários judiciais, cultura e por aí adiante.
Gosto de pagar impostos para o bem colectivo social, considerando intolerável e um abuso que os gastem em festas de índole confessional. Os poderes instituídos saberão que o Vaticano, sede da religião católica, nem sabe a riqueza que tem? Esta igreja gosta de estender a mão e sabe que a cíclica servidão política está sempre pronta a dar-lhe o ámen…
A hierarquia católica anunciou para a JMJ uma homenagem às vítimas dos abusos sexuais pedófilos perpetrados pelo clero, num memorial. Quando a ideia foi evocada considerámos, que a igreja dava um sinal – aleluia! – de algum respeito pelas vítimas. Agora, o presidente da Fundação da JMJ, o bispo Américo Aguiar, diz que o memorial “não é a forma mais feliz” (!) de respeito. Esta gente faz fugir crentes. Já não haverá memorial de homenagem. Dar o dito pelo não dito é pecado!