Com honrosas excepções, a grande maioria dos comentadores políticos e jornalistas da nossa comunicação social continua a dedicar largo tempo à intriga política e aos julgamentos na praça pública. Não satisfeitos com este comportamento indecoroso e sectário, arvoram-se em representantes dos cidadãos. O caso do ministro das Infraestruturas é mais um exemplo deste lamentável exercício da ‘informação’.
O primeiro-ministro procurou informar-se com rigor e concluiu que não havia motivo para condenar o ministro em causa e aceitar a sua demissão, por não encontrar nenhum comportamento ilegítimo ou lesivo do interesse público. Mostrou carácter e coragem, por não alinhar na ‘enxurrada’ mediática, guiando-se sim pela sua consciência.
O Presidente da República, faria bem melhor em dedicar-se a incentivar o desenvolvimento social e económico do país, em lugar de se deixar enredar nas ‘tricas mediáticas’speitando as competências constitucionais de cada órgão de soberania.