DIRECTOR: MANUEL CATARINO  |  FUNDADOR: JOAQUIM LETRIA

De José Júdice, jornalista que eu muito respeito, aprecio e acompanho desde há muitos anos, veio na sua coluna semanal do Tal&Qual a apreciação aos aumentos brutais de alguns alimentos e outros produtos de primeira necessidade, como por exemplo o papel higiénico.

Faz ele uma análise dos custos e quilómetros de papel que se gastam em Portugal e no mundo, indo ao pormenor do custo médio por cada português.

Socorri-me da internet para perceber que o dito papel higiénico terá começado a ser comercializado em 1857 como papel medicinal para as hemorroidas, mas nunca passou por casa dos meus pais tendo eu nascido já muito depois daquela data e enquanto lá vivi.

Com a minha provecta idade, não me sinto por isso tão responsável por esses custos dado que, durante muitos anos em casa dos meus pais era o jornal que o meu pai lia de ponta a ponta com os braços todos abertos, como Cristo na cruz, que no dia seguinte, em que as notícias envelheciam e já com a tinta bem seca, era reciclado para desempenhar as funções do dito papel higiénico.