No caso de uma determinada agência do banco do Estado, na Estrada de Benfica, além de encerrar totalmente para o almoço (coisa menor) reabre às 13h30 e o chefão do pedaço aparece logo à porta a avisar a clientela que o atendimento está demorado “porque falta pessoal” e que levantamentos ou depósitos só na manhã seguinte!
Logo depois do almoço, contei 10 a 12 pessoas na bicha à porta desta agência que tinha apenas duas pessoas no atendimento de clientes e outros dois – um deles, percebi depois, o chefão babado com aquela ‘obra de arte’ que lidera – ‘escondidos’ nas secretárias fazendo não se sabe o quê.
Os bancos realmente estão a mudar e contam com a cumplicidade passiva dos clientes: cobram cada vez mais taxas, cobram comissões cada vez mais altas, aplicam taxas de juro miseráveis nos depósitos (poupanças) dos seus clientes, aplicam taxas de juro, a reboque do BCE, cada vez mais elevadas e altamente lucrativas, etc. E depois? Despediram pessoal, fecharam balcões, aplicam novos horários de funcionamento no horário do almoço, devido a falta de pessoal, etc. Esta triste realidade – com a qual o regulador não se importa – é um fenómeno nacional. Pensava que era apenas no continente, mas para minha surpresa, na mesma instituição de crédito, o horário de almoço também foi aplicado no Funchal (uma hora sem movimentos de caixa)!