Numa leitura atenta do nosso jornal dei comigo a retirar algumas lições amargas provocadas pela guerra da Ucrânia. A primeira é a ‘overdose’ de propaganda irracional que motiva o conflito e a consequente paranoia das proibições de actuação dos artistas, cineastas, atletas russos, que certamente seriam uma ponte de diálogo – e deste modo se transformam em rostos inimigos.
A segunda é o plano inclinado das sanções, que molestam mais os países ocidentais do que propriamente a Rússia ou a China.
A terceira é a completa irrelevância da Europa nos destinos desta guerra. (…) Mais uma triste lição é o débito de sangue que a guerra tem provocado sem que ninguém se preocupe em falar num cessar-fogo. Fico com a estranha sensação de que sou o único europeu preocupado, mas impotente, em conseguir a paz. Este ‘folhetim’ terá mais episódios (infelizmente)…