Depois do 25 de Abril de 74, o Presidente da República de Excelência foi o General Ramalho Eanes. Depois da tragédia de Pedrogão com 64 mortos, António Costa queria passar sobre o sucedido, como um cão por uma vinha vindimada. Marcelo, no próprio dia das declarações de Costa e em directo por todos os canais de televisão, deu um recado ao Governo, que teve consequências imediatas. A então ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, no dia seguinte tratou das indemnizações aos familiares dos mortos.
Pode-se avaliar como “poucochinho”, mas para uma classe de políticos que se caracteriza pela irresponsabilidade, este gesto representou muito, mas muito. Ficou de imediato diferenciado dos seus três antecessores: Mário Soares, Jorge Sampaio, Cavaco Silva, que foram sempre nulos e medíocres. Marcelo como qualquer ser humano pretende ser amado e admirado e leva estes aspectos até ao limite. Mas conseguiu um feito que para os portugueses seria impossível de concretizar. Por isso, obrigada, Marcelo Rebelo de Sousa!