DIRECTOR: BRUNO HORTA  |  FUNDADOR: JOAQUIM LETRIA

Não por estes dias, mas pelas férias do Natal, eu e os meus irmãos íamos ao musgo para construir o presépio com as figuras recicladas do ano anterior.

Uns anos mais tarde começou a germinar a moda do pinheiro de Natal: 15 dias depois, os pinheirinhos enchiam os caixotes do lixo. As autarquias começaram a investir nas árvores montadas nas praças públicas, o mais eletrificadas possível. Anunciava-se até o número de lâmpadas.

Aqui chegados, este ano mandaram-nos poupar luz pelas razões conhecidas. Sugeriram-nos aderir aos mercados regulados. Só 60% da eletricidade que gastamos é energia renovável. Alguma dessa energia é gerada em painéis fotovoltaicos. Quando se acendem as luzes das árvores de Natal não há sol. Então de onde vem a energia que faz brilhar as árvores de Natal? Também é do mercado regulado? Quem paga?

Saudades do meu presépio.

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