É tão giro o ranking das escolas mais o trabalhão que aquilo deve dar a fazer. Ali não se separam as coisas. É como a misturadora que eu uso quando faço a sopa lá em casa. Mando para dentro da misturadora a abóbora, a cenoura o nabo e o feijão tudo já cozido e o que sai é um puré que sabe a qualquer coisa que eu não sei definir.
Já no meu tempo não era bem assim. Havia a escola das meninas e a escola dos meninos. Havia os que só tinham uma ardósia e um ponteiro para escrever e que, para apagar, cuspiam na ardósia e apagavam com a manga da camisa e os que tinham um caderninho de papel, escreviam com um lápis e apagavam com uma borracha.
Safavam-se aqueles porque naquela época não havia ranking. Se houvesse, provavelmente, estariam a ser discriminados. Mas não eram.
É verdade. Esqueci-me de dizer que nasci e andei na escola da minha aldeia, a Maceira, que, por acaso, este ano foi a primeira das escolas públicas no tal de ranking.