O caso de três jovens (ou crianças) forçadas a práticas íntimas por um pai adoptivo em Trás-os-Montes foi investigado e divulgado pelas autoridades e pelos média.
As meninas encontravam-se submersas num oceano de indiferença e silêncio (com desculpas baratas e com tímida e escondida indignação).
Não é o primeiro caso. Há milhentos (houve sempre), pelas regiões do nosso país e de outros países.
Nos dias que correm, lá se vai falando e escrevendo e lá se vai tendo informação e alguma liberdade. De outra forma, talvez o inferno, que durava há quatro anos, não tivesse terminado.
Uma das muitas vantagens do modo de governação democrática, que mesmo com milhentas falhas não deixo de defender e aplaudir, está justamente na revelação e exposição de assuntos desta natureza.
Muitas das pessoas que consentem e pactuam com a existência destes ambientes de pânico e sobressalto são as mesmas que incensam contos de azinheiras e virgens – Caricato.
Afirmam alguns cultivados tratar-se de um “casal de valor”. Nem é bom imaginar… se não fosse um casal de valor. Teríamos, talvez, um holocausto ao estilo de Stalin ou de Hitler.
Ao ponto a que continua a chegar o verniz do moralismo e da falsidade. Sujo e fétido… Uma vez mais!…
Um nojo.